Jornal de Tóquio cria aplicativo de realidade aumentada pensando no hábito de leitura das crianças

Hoje, os pais leem o jornal enquanto os filhos jogam, conversam e se atualizam pelo smartphone. No futuro, quem estará lendo o jornal? Haverá papel para ser lido?

Pensando em proteger o jornal impresso de uma possível extinção, o jornal Tokyo Shimbun criou, em parceria com a Dentsu, o aplicativo de realidade aumentada Tokyo AR com o objetivo de transformar o hábito de leitura dos filhos e, de quebra, unir a família.

Para uma leitura compartilhada com a família, e ainda contribuir para a educação e o aprendizado dos filhos, o jeito era tornar o jornal mais atrativo para as crianças. A estratégia foi criar uma plataforma diferenciada que fizesse da leitura uma atividade mais interativa.

Usando realidade aumentada para dar vida ao texto, o usuário só precisa apontar a câmera do celular em cima das marcações do jornal, e personagens de cartoon aparecem para guiar a leitura, com balões de comentários e títulos animados.

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Tokyo AR traz uma abordagem similar ao Shortcut App, pois o usuário ainda não quebra a barreira de precisar fazer um download de app, mas o uso é bem mais simples e prático que fotografar um QR code.

A diferença é que, dessa vez, a interatividade é agregada ao papel no próprio conteúdo jornalístico, e não no espaço do anunciante.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Expereal App: analisando seus sentimentos ao longo do tempo

Rastretar e visualizar dados sobre sua vida com aplicativos para smartphone, seja para controlar atividades físicas ou analisar a produtividade do dia, já é mais do que comum.

Mas e quanto à atividade mental, ao “eu” interior, aos sentimentos contidos nos altos e baixos da vida? Antes, essa função só era preenchida pelo diário pessoal.

Fugindo de dados facilmente quantificáveis e partindo para o abstrato, com o aplicativo Expereal, dá para observar suas mudanças de humor ao longo do tempo e até lembrar de experiências através dos sentimentos que registrou.

Funciona assim: o usuário dá uma nota de 1 a 10 para aquele momento que quer registrar. Junto, é possível adicionar tags, descrições, nomes, fotos e localização, para que o registro seja o mais próximo possível da verdadeira experiência. O aplicativo cria gráficos para a visualização do seu humor ao longo do tempo, além de compará-los com os de outros usuários.

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Com logo criado por Ricardo Santos e design inspirado no trabalho de Reid Miles, famoso por suas capas de álbuns do Miles Davis, o aplicativo traz uma experiência visual simples e intuitiva.

O criador do Expereal, Jonathan Cohen, em entrevista para Quantified Self, conta que construiu o aplicativo para servir como complemento emocional às tantas ferramentas de controle e análise de dados (quantified self tools) disponíveis por aí como Fitbit e Nike Fuelband. Sua principal inspiração foi o livro “Pensar, Depressa e Devagar”, de Daniel Kahneman, que explora curiosidades cognitivas como, por exemplo, que as pessoas tendem a lembrar o conteúdo emocional apenas de como algo terminou, em vez de como nos sentimentos enquanto algo, de fato, estava acontecendo.

Será que mantendo uma rígida análise de nós mesmos podemos nos entender com mais clareza e evoluirmos como pessoa e em qualidade de vida?

Sentimentos não são como calorias, quantificáveis em dados numericamente lineares, com margens negativas ou positivas, e resultados ideais. Mas, como explica Cohen no vídeo acima, o aplicativo está aqui não para causar uma consciência neurótica de nós mesmos, mas sim para nos ajudar a refletir.

Expereal está disponível de graça para iPhone, iPod e iPad aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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