O relançamento do Akoha

O Akoha parecia bem promissor, quando eu me cadastrei no início de 2009 com cartas compradas pela @Baunilha. Mas hoje eles passaram por uma completa transformação, certamente devido a limitação de depender de material físico, envolvendo custos e afastando novos usuários.

Fundado pelos canadenses Austin Hill e Alex Eberts, o Akoha é uma rede social que utilizava cartas de missões, que valiam pontos de karma quando passadas pra frente. Funcionava como uma corrente do bem, em tarefas que variavam de convidar alguém para um café e dar um livro de presente a doar 1 hora do dia para realizar algum tipo de trabalho voluntário.

Akoha

Ao convidar alguém para um café, por exemplo, você dava a carta para a pessoa, que devia inserir o código único no site e confirmar que a tarefa tinha sido feita. Era possível ainda acompanhar o caminho da carta pelo mundo, e saber por quais usuários ela passou.

Era um processo divertido e simpático, mas complicado. Por isso as cartas do Akoha acabavam, invariavelmente, parando nas mãos de alguém menos engajado. Sem contar, como eu falei no início, que o kit de cartas deveria ser comprado, limitando ainda mais o alcance da brincadeira.

Akoha

Mas na onda da popularidade de aplicativos de geolocalização social, como Foursquare e Gowalla, o Akoha mudou e se transformou em uma ferramenta quase que exclusivamente online. Ainda existe o conceito de missões, mas agora elas não dependem de cartas, nem de códigos, e podem ser feitas sem a colaboração de outra pessoa.

No lugar dos pontos de “karma”, entraram os prêmios virtuais, assim como as badges do Foursquare. O tipo e quantidade de participação no site é que define os selos que serão exibidos no seu perfil. As missões aumentaram em quantidade, com tarefas em variados níveis de dificuldade. E claro, o passo mais óbvio nessa mudança, o lançamento de um aplicativo para iPhone.

Akoha

O Akoha começou querendo despertar um sentimento de colaboração e ajuda ao próximo. Havia até o objetivo de construir escolas em países pobres, a cada vez que os usuários acumulassem uma certa quantidade de pontos de karma. Mas a busca pela popularidade e, consequentemente, acordos comerciais que possibilitem sua existência, transformou o site em uma brincadeira ainda divertida, mas com menos bom-mocismo.

Resta acompanhar agora se o Akoha vai conseguir finalmente ganhar peso na internet, ou vai acabar sendo engolido por concorrentes que, ainda com outro foco, podem facilmente incorporar funções similares no futuro.

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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