pCell, a tecnologia wireless que vai fazer o seu 4G parecer obsoleto

Basta estar em um local movimentado para a rede de dados do celular começar a baleiar. Cada operadora é um caso, mas o fato é que quanto mais pessoas acessando a internet via dispositivos móveis em um mesmo local, maior a chance de você não conseguir nem mesmo abrir o Google. Isso acontece porque o modelo de transmissão de dados fica sobrecarregado, e não ‘sobra espaço’ para a sua conexão. E é exatamente o desafio de resolver esse problema que foi abraçado pela startup Artemis, que quer criar um novo modelo de transmissão de dados wireless: o pCell.

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A premissa básica é fazer quase o oposto do que a rede de celular atual faz. Na rede que utilizamos hoje em dia, é como se estivéssemos todos debaixo de um guarda-chuva de sinal. Quando nos deslocamos pelas ruas, basicamente estamos passando de um guarda-chuva de dados para outro. É por isso que às vezes quando você está viajando e falando ao telefone, a ligação de repente cai: você provavelmente estava passando por um ‘buraco negro’ no sinal, um ponto cego do sistema onde não há cobertura. Pouco depois o seu sinal retorna, evidenciando que você voltou a ficar ‘embaixo’ de um novo guarda-chuva de dados. Esse modelo pressupõe que as coberturas não podem esbarrar umas nas outras, sob o risco de interferência.

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A pCell quer fazer exatamente o contrário: sobrecarregar uma região de sinal, usando caixinhas do tamanho de roteadores, chamadas de ‘pWaves’, que emitem ondas que podem colidir entre si e, dessa forma, reforçar a qualidade da conexão naquela região. É como se, ao ficar no centro da colisão do sinal de pCell, você tivesse a melhor conexão, como se estivesse usando sozinho todas as barrinhas do seu 4G.

Segundo a Artemis, uma conexão pCell com um ‘bom’ sinal seria cerca de 1000 vezes mais veloz do que as conexões que usamos hoje em dia. Já imaginou?

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E isso seria obtido sem a necessidade de sair instalando antenas parrudas no telhado de prédios cidade afora. Seriam, na verdade, instaladas diversas pWaves, que podem também ser afixadas em paredes.

Não seria nem mesmo preciso atualizar os aparelhos celulares ou tablets. A pCell foi desenvolvida para ser compatível com dispositivos 4G, e funcionaria sem o menor problema em iPhones, Android e dispositivos compatíveis com a rede LTE.

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O jornalista Lucas Braga, especializado em telecomunicações, explica ainda que as redes pCell poderiam ser distribuídas juntamente com o atual 4G, desde que ocupassem espectros diferentes, para evitar interferência. Seria como sair do 3G para o Edge, e vice-versa, de acordo com a disponibilidade do sinal. O único porém é o interesse (ou não) das operadoras em instalar os equipamentos da pCell. “Seria preciso trocar parte da estrutura wireless pré-existente, e esses equipamentos são bem caros”, pondera ele.

A estreia das redes pCell deve acontecer na cidade de São Francisco, nos EUA, a partir do finalzinho desse ano. As pWaves serão instaladas em cerca de 350 edifícios, oferecendo uma cobertura razoável do sinal, mas que será disponibilizado apenas para um seleto grupo de beta testers. A partir de então, a intenção é buscar parcerias com operadoras para expandir a pCell. O CEO da Artemis, Steve Perlman, garante que a tecnologia poderia ser implantada com sucesso nos principais mercados até o final de 2015, mas considerando o custo do upgrade, pode ser que demore mais para que possamos ter uma rede móvel mais veloz.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Nascar busca nova imagem para a marca com ajuda de crianças

A imagem da Nascar pode não ser das mais positivas já há algum tempo, especialmente se levarmos em conta Poor and Stupid, episódio da 14a. temporada de South Park. Nele, Eric Cartman faz o maior escândalo porque quer se tornar um piloto da Nascar, mas conclui que só conseguirá realizar seu sonho se conseguir ficar “pobre e estúpido”.

Agora, o campeonato nacional de stock car dos Estados Unidos resolveu apostar em uma nova imagem para sua marca, mostrando que as crianças sonham, sim, em se tornar pilotos da Nascar. Só que de uma forma um tanto diferente de Cartman. Isso porque a figura do piloto comporta todos os outros sonhos que se tem na infância: ser um atleta, um rei, um herói, bom e mau. Usar uma armadura, voar, ser corajoso.

Ogilvy & Mather de Nova York ficou com a tarefa de orquestrar este reposicionamento, de uma forma que se aproximasse do público, mas sem perder a identidade original. Ou seja, mostrar que apesar de tudo ter mudado, na realidade nada mudou, conforme mostra o filme abaixo.

No último filme, a pergunta é simples e direta, após uma mistura de imagens de pilotos treinando e carros sendo montados: quem é a máquina?

A direção é de Gerard de Thame, com produção da Supply & Demand.

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Quem dirige em alta velocidade não tem margem para erros

Com um incrível comercial, a Agência de Transportes da Nova Zelândia começa o ano provando que não importa se você é um bom motorista ou se sente sempre no controle do carro, dirigir em alta velocidade pode matar.

A abordagem da campanha é mostrar que, mesmo que você se sinta seguro dirigindo só “um pouquinho” acima do permitido, outras pessoas podem cometer erros, e é preciso estar preparado para evitar o pior. Na estrada o problema se agrava, qualquer mínima decisão errada pode causar acidentes fatais.

No filme “Mistakes”, a agência Clemenger BBDO mostra um carro que tenta atravessar a rodovia e comete um erro de cálculo, já que outro veículo vinha em alta velocidade. A cena é congelada, e ambos os motoristas saem para conversar. Um argumenta que foi um erro simples, mas o outro nada pode fazer.

É a moral de dirigir por você e pelos outros, apresentada de forma visualmente estimulante e com um diálogo convincente.

Um “pequeno” detalhe – e que fique resguardadas as devidas proporções – é que o governo da Nova Zelândia encomendou essa campanha pois 83 pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2013. No Brasil, a média é de 45 mil mortos por ano. Isso dá uma morte a cada 12 minutos.

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Um retrato visual do que é a sua vida com internet lenta

O recurso visual não é novidade, foi utilizado insistentemente pelo cinema e publicidade nos últimos anos. Ainda assim, o tracking com cena congelada se aplica bem nesse comercial da New Zealand Telecom, anunciando que a espera acabou com seus planos de banda larga.

A criação é da Saatchi & Saatchi, com produção da GoodOil.

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Golf GTI: Click if you can

À essa altura do campeonato, algumas pessoas já se acostumaram com aqueles cinco segundos obrigatórios de propaganda que o YouTube exibe antes de alguns vídeos. Daí entra aquele desafio das agências, de criar algo que prenda a atenção do internauta nestes cinco segundos iniciais, antes que ele tenha a chance de clicar em pular. Isso ou criar uma propaganda que diga em cinco segundos o que outras precisam de 30 segundos ou mais. Foi o que a DDB Espanha fez para o Golf GTI da Volkswagen.

Em Click if You Can, a DDB apresenta um comercial rápido para um carro veloz, que o usuário pode até tentar pular, mas terá de alcançá-lo. Se o internauta ficasse curioso em saber mais, bastava clicar no banner sobre o vídeo para ser levado a um site com informações sobre o carro.

No ano passado, mostramos uma ação interessante dos chilenos da MayoDigital, que também usava os cinco segundos obrigatórios para sugerir que as pessoas mudassem de atitude.

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