Como seria sua vida com um lag de 3 segundos

Quando se comenta sobre a irritação causada por um lag na rede, muita gente pode dizer que estamos reclamando à toa. Afinal são míseros segundos de atraso, nada que vá mudar nossas vidas, não é mesmo?

Para provar que um lag realmente é algo que atrapalha a nossa experiência na web, o provedor de internet sueco Umea Enegi criou um experimento curioso: montou uma estrutura em um Oculus Rift, com ajuda de uma webcam e de um Raspberry Pi, que trazia o lag para a vida real de 4 voluntários. Usando a engenhoca, a visão deles ficava poucos segundos atrasada em relação à realidade. Parece pouco, mas as situações do cotidiano se tornaram muito mais complicadas.

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Além de se perderem em atividades simples como uma partida de ping pong ou uma aula de dança, eles se sentiam ‘deslocados’. A irritação chega a ser evidente em alguns casos, como o da moça que não conseguiu acompanhar os passos na aula de dança. Esse vídeo mostra a visão em primeira pessoa, e é ainda mais desesperador (e pode causar enjoos).

O resultado virou uma campanha, com um slogan matador: “Se você não aceita lag na vida offline, por que aceitaria no online?”

Um jeito divertido de mostrar a importância das experiências em tempo real, sem atraso por conta da conexão mambembe.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Skype agora tem chamadas de vídeo em grupo grátis para todos os usuários

Há muitos anos conhecido como sinônimo de videoconferência online, o Skype veio recentemente perdendo a sua tração no mercado. Um dos motivos foram as contínuas falhas no sistema de entrega de mensagens, e o outro foi a chegada do Hangout do Google, que permitia videoconferências de mais de 2 pessoas simultaneamente sem custo algum.

Isso foi visto como uma vantagem, já que para reunir mais de uma pessoa ao mesmo tempo em um Skype era preciso que um dos participantes possuísse a conta Premium (que custava cerca de 5 dólares por dia ou 9 dólares por mês).

Para não ficar (tão) para trás da concorrência, essa situação agora mudou. O Skype anunciou que já estão liberadas chamadas em vídeo coletivas, realizadas de forma gratuita, para todos os seus usuários. No entanto, a princípio isso só será possível a partir de computadores Windows, Macs e Xbox One – plataformas móveis deverão ser ativadas para isso em breve, de acordo com Phillip Snalune, gerente geral do Skype.

Assim, até 10 pessoas poderão participar de uma mesma chamada de vídeo do Skype sem precisar pagar nada. Fica faltando consertar a entrega das mensagens, para evitar falhas e perdas de informações, para o Skype realmente apertar a concorrência com o Hangout.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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A saga de uma mãe que escondeu sua gravidez dos robôs rastreadores da internet

Basta uma simples cotação de passagens de avião para o feriado, ou quem sabe uma pesquisa rápida sobre pousadas em uma cidade próxima, para que as propagandas exibidas no seu Gmail, Facebook e em outros banners da sua navegação se tornem uma enxurrada de sugestões de itens relacionados.

Baseado nos dados rastreados das suas compras anteriores, itens pesquisados e até interações sociais, os anúncios de muitas plataformas digitais são segmentados para exibir conteúdos do mesmo ramo – o que, irritantemente, não te deixar esquecer nem por um minuto do seu interesse (mesmo que breve) naquele tema.

Janet Vertesi, professora assistente do curso de sociologia da Universidade de Princeton, nos EUA, não queria ter essa irritação durante os meses em que estava grávida. Para evitar ficar soterrada com propagandas de carrinhos de bebê, roupinhas, chupetas e toda sorte de itens para recém-nascidos, ela fez quase que uma cruzada pessoal contra o rastreamento de dados através de cookies e de robôs coletores de dados. Ela contou sua saga em uma apresentação na conferência Theorizing the Web, que aconteceu em Nova Iorque no último fim de semana. “Essa é uma história com uma perspectiva bem pessoal, sobre o esforço que é necessário para evitar ter seus dados coletados, ser rastreado e inserido em bases de dados”, explica ela.

O assunto é sério, mas ganha ares cômicos de acordo com que ela conta os detalhes das suas estratégias, como o uso de vales-presentes para compras online (para evitar que a bandeira do cartão de crédito identificasse os itens comprados), preferência por pagamentos em dinheiro, uso de serviços de emails pagos, entregas realizadas em uma caixa postal, e até mesmo o uso do navegador Tor, para evitar que seu acesso fosse rastreado.

“Eu praticamente concorri ao prêmio de Uso Mais Criativo do Tor. Ele ganhou má fama por ser usado para compra de drogas e de bitcoins, mas eu o utilizei para acessar o site BabyCenter.com”

Houve também toda uma força-tarefa para evitar que a gravidez fosse mencionada nas redes sociais. Janet fez ligações e mandou emails para todos os seus familiares, contando a novidade e pedindo a eles que não comentassem nada sobre isso no Facebook, nem mesmo através de mensagens privadas. “Muita gente não entendia que nem as mensagens privadas não eram realmente tão particulares assim”, contou, esclarecendo que chegou a tomar medidas mais drásticas, como remover um tio da sua lista de amigos do Facebook após ele ter enviado a ela uma mensagem felicitando pela chegada do rebento.

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Será que um futuro onde tudo o que fazemos pode ser rastreado, medido e monitorado é mesmo um caminho sem volta?

O mais curioso, contudo, é que parte do esforço dela em não ser monitorada e rastreada acabou ativando alguns alarmes das instituições financeiras e do governo. Ao tentar adquirir 500 dólares em vales-presente da Amazon para a compra de um carrinho de bebê, o marido de Janet foi avisado que aquela compra seria reportada às autoridades, por ser considerada um comportamento suspeito. “Essas iniciativas [de tentar evitar o rastreamento] são exatamente as mesmas que indicam que você poderia estar se preparando para uma atividade criminosa, e não apenas comprando itens para o seu bebê”, contou ela, que aproveitou para provocar: será que algum dia será possível fazer compras e navegar pela rede escolhendo quando queremos oferecer nossos dados pessoais de navegação para as plataformas?

Winter Mason, cientista de dados do Facebook que também estava nesse painel da conferência, não acredita que isso seja possível daqui para frente. Considerando que o uso de informações pessoais para exibição de publicidade é um dos pilares do negócio do Facebook, ele não poderia dizer nada diferente, né?

Será que um futuro onde tudo o que fazemos pode ser rastreado, medido e monitorado é mesmo um caminho sem volta?

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Microsoft se posiciona como ‘rebelde’ em novo comercial para a Nokia

Em um mundo cheio de Androids e iPhones, ter um Windows Phone pode ser sinônimo de rebeldia? Para a Microsoft, isso não só faz sentido, como se tornou também o tema do primeiro comercial da marca para os celulares da Nokia que usam o sistema operacional da empresa.

Esteticamente, o diferencial do Windows Phone é evidenciado ao colocar o protagonista do comercial em roupas bastante coloridas, circulando por um cenário em preto e branco, em uma interessante referência à diversidade de cores dos aparelhos da Nokia.

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A trilha sonora, da banda inglesa “The Kinks”, reforça o conceito com o refrão ‘not like everybody else’ – enquanto o moço caminha pelas ruas ouvindo a canção a partir do seu Lumia 1020, os passantes parecem surpresos e chocados.

Pode parecer um exagero, mas é uma interessante estratégia para um sistema operacional que ainda amarga uma terceira posição no market share. Além disso, o TechCrunch lembra que a Apple já havia usado o mote revolucionário no seu histórico comercial ‘1984’.

Não por coincidência, hoje mais de 25 mil funcionários da Nokia estão oficialmente se tornando colaboradores da Microsoft. Muitos deles estão divulgando selfies com seus novos crachás, e o vídeo da campanha ajuda a motivar essa nova equipe que se junta ao time da empresa de Bill Gates – afinal, eles não são como todos os outros.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Seus olhos nos céus, um oferecimento Oculus Rift + Drones

Realidade virtual e drones são duas das tendências de tecnologia do momento. A fabricante do Oculus Rift foi recentemente adquirida pelo Facebook, e o Google arrematou a Titan Aerospace. Ambas as empresas trabalham com inovações que ainda não se consolidaram no mercado, mas alguns estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega acreditam que elas podem muito bem completar uma à outra.

Eles acoplaram câmeras em um drone e as conectaram com uma das máscaras de realidade aumentada da Oculus VR. O resultado é até divertido – um drone que ‘leva’ os seus olhos para os céus, e permite que você se sinta quase que voando. Basta mover o pescoço para que as câmeras do drone se movam na mesma direção, mostrando em tempo real a visão lá de cima.

Por enquanto, trata-se apenas de um experimento, mas se combinadas, as tecnologias podem ser úteis para uso por equipes de resgate, arquitetos, bombeiros, entre outras atividades que se beneficiem de uma vista aérea. Independentemente disso, é uma brincadeira no mínimo muito divertida 🙂

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Marco Civil é publicado no Diário Oficial e passa a valer a partir de junho

Em uma atitude bastante emblemática, a presidente Dilma Rousseff sancionou na última quarta-feira o Marco Civil da Internet durante o NETmundial, evento internacional que debate a governança da internet.

O projeto, que ficou conhecido como a ‘Constituição da Internet’, passou anos tramitando na Câmara, mas demorou pouco menos de um mês para ser aprovado pelo Senado. A versão, autorizada em março pelos deputados, não sofreu alteração nenhuma, dada a pressa pela sua aprovação, e foi publicada na quinta-feira no Diário Oficial da União.

Com isso, o Marco Civil vira lei – referida pela numeração de 12.965/2014 – e entra em vigor a partir de junho, 60 dias depois da sua sanção pela presidente. Entre os mais importantes princípios fixados pela Lei do Marco Civil estão a garantia da liberdade de expressão, a proteção da privacidade dos dados pessoais, a neutralidade da rede e a liberdade dos modelos de negócio do setor.

No mesmo dia da publicação da lei no Diário Oficial, a presidente se dispôs a conversar com o público através da página do Palácio do Planalto no Facebook, respondendo a perguntas e até mesmo fazendo um ‘high five’ com os participantes, em cena que virou meme na rede.

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Apesar de ainda trazer alguns pontos questionáveis – trechos que não ficaram muito claros, além de itens que prejudicam a privacidade dos usuários, como o ‘grampo compulsório’ da navegação de todos os usuários por seis meses – a nova legislação coloca o Brasil como pioneiro na definição dos ‘direitos e deveres’ na web.
O Marco Civil foi assunto também no noticiário internacional, que ainda vê com bastante ceticismo a velocidade com que a lei foi aprovada – teria sido apenas para aproveitar o ‘timing’ do NETmundial?

Quem se interessar pode conferir os detalhes da lei no documento abaixo.

 

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Google Street View agora traz ‘túnel do tempo’, mostra diferentes épocas e estações

Usando o arquivo de imagens do Google Street View, que começou a fazer as primeiras captações em 2007, o Google Maps agora oferece uma função que lembra muito um ‘túnel do tempo’ – basta clicar em um reloginho que aparece no rodapé da exibição das imagens para ver o mesmo cenário alguns anos atrás.

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Se você acha que 7 anos parece muito pouco para fazer diferença nas paisagens, saiba que dá para ver a construção da Freedom Tower em Nova Iorque, imagens do estádio que vai receber jogos da Copa do Mundo em Fortaleza, além da reconstrução de Onagawa, no Japão, depois do terremoto e posterior tsunami ocorridos em 2011. Além disso, também dá pra passear por diversas estações do ano em algumas cidades da Europa e na Ásia, onde períodos como primavera e outono são bem definidos.

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É bom lembrar que a opção só aparece na versão desktop do Google Maps.

 

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Aereo, o serviço de streaming que está incomodando as emissoras nos EUA

Uma disputa entre um novo serviço de streaming e emissoras de TV chega à Suprema Corte norte-americana e pode decidir o futuro da TV (ao menos nos EUA).

Quem tem causado a confusão é a Aereo, um serviço de streaming que oferece programação de emissoras como NBC, CBS e ABC gratuitamente, através da web. As emissoras reclamam que essa seria uma violação dos direitos autorais, mas a situação não é assim tão preto-no-branco.

A Aereo funciona a partir da captação de sinais abertos, que é feita por uma série de pequenas antenas espalhadas pela região. Cada um dos assinantes da Aereo ganha acesso a uma dessas antenas, que então transmitem aquela programação através da web.

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Essa é a antena do Aereo

A assinatura é bastante acessível – entre 8 e 12 dólares mensais – e permite também usar o Aereo para gravar a programação que está sendo exibida, para assisti-la mais tarde (o que hoje é feito por aparelhos de DVR). Além disso, a Aereo faz com que seja desnecessário ter uma TV ou assinar um serviço de TV a cabo (caso a recepção na sua região seja ruim), já que a programação televisiva fica acessível através de dispositivos que se conectem à internet. Praticamente uma HBO Go, só que para canais abertos e por um preço bastante razoável, mas disponível em apenas um punhado de cidades norte-americanas.

David Carr destaca que a importância do caso vai além da transmissão via web de conteúdos de TV – “tem um pouquinho de tudo: mídias tradicionais apoiadas em modelos de negócios antigos e queridos, uma startup insurgente, com uma solução inteligente, e, quem sabe o mais importante, o primeiro grande teste da Suprema Corte, sobre quem é o real proprietário de conteúdos que ficam armazenados na nuvem”, explica ele no NYT.

Uma decisão judicial do caso só deve ser divulgada no final de junho, mas o assunto certamente levantará debates interessantes nas próximas semanas. Se a justiça decidir que a Aereo infringe leis de copyright, a empresa deixará de existir, e o precedente evitará que outras tentem seguir pelo mesmo caminho. Caso a Aereo seja a vencedora do processo, restará saber se os usuários estarão dispostos a pagar pelo acesso digital de um conteúdo que é gratuito (rede aberta) na televisão, e como será resolvido o ‘detalhe’ de que os produtores do conteúdo não levam nem um centavo nessa brincadeira.

Aguardem os próximos capítulos.

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Quem precisa de carteira quando se tem um Power Suit?

A tecnologia wearable está com tudo, basta dar uma olhada no que rolou durante o SXSW. Entre tantas alternativas que não param de surgir, os alfaiates da australiana M.J. Bale fizeram uma parceria com o Heritage Bank e Visa para criar o Power Suit, um terno que conta com um chip de pagamento que substitui dinheiro e cartões de crédito. Afinal, quem precisa de carteira quando se tem um desses?

A criação do Power Suit partiu do princípio de que homens poderosos não carregam dinheiro (mas, cá entre nós, o outro extremo também é verdade). Então, com um chip de pagamento inserido no tecido – mais especificamente na manga do terno -, basta que o usuário aproxime o braço de um aparelho Visa payWave e pronto. O dinheiro sairá de uma conta pré-paga do Heritage Bank.

É claro que, pelo menos por enquanto, o produto tem uma edição limitada e é uma exclusividade para clientes vips da M.J. Bale e influenciadores, mas um deles será leiloado e o lucro será revertido para a 4 ASD Kids, entidade que ajuda crianças com autismo.

A criação é da Whybin\TBWA de Sydney e Eleven\PR.

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Google ‘compra’ briga com Facebook ao adquirir a Titan Aerospace

Lembra do projeto Connectivity Lab do Facebook, que propunha o uso de drones para distribuir internet para todo o planeta? A principal fabricante do modelo de drone que Mark Zuckerberg estava de olho, a Titan Aerospace, acaba de ser adquirida pelo Google.

Os termos da negociação ou o valor da compra ainda não foram divulgados, mas o Wall Street Journal informa que os drones seriam usados para complementar os balões do Projeto Loon, do Google, que tem uma premissa bem semelhante ao Connectivity Lab do Facebook.

Especula-se que a aquisição da Titan tenha ocorrido para evitar que o Facebook a comprasse

Especula-se que a aquisição da Titan tenha acontecido com o principal propósito de evitar que a empresa fosse incorporada ao Facebook. Ao invés de integrar o império de Zuck, agora a Titan é parte do conglomerado de Larry Page e Sergey Brin.

O BusinessInsider também sugere que os drones poderiam ser utilizados para coletar fotos de todo o planeta e ajudar na melhoria de serviços como o Google Earth e o Google Maps.

Se eu fosse o Zuck, ia retaliar comprando uma empresa de balões.

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Dart, um carregador para notebook pequeno, levinho e poderoso

Nem sempre estar no Kickstarter significa não ter investimento suficiente para tirar a ideia do papel. É o caso do financiamento coletivo para o Dart, um carregador móvel fabricado pela startup FINsix. A empresa, que apresentou oficialmente a novidade durante a CES deste ano, já conquistou mais de 6 milhões de dólares em investimentos da Venrock e de outros investidores anjo, mas ainda assim quis colocar o produto no Kickstarter, como uma forma de se conectar com o consumidor final.

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“Queremos nos conectar com os consumidores, receber feedback, criar um relacionamento. Achamos que uma campanha no Kickstarter pode ser um bom jeito de permitir que o engajamento com nossos usuários seja mais direto”, explicou a CEO Vanessa Green, em entrevista ao VentureBeat.

A ideia é simples, e muito funcional: o Dart é 4 vezes menor, e 6 vezes mais leve que os carregadores tradicionais, e mantém a potência de 65 watts. Além de recarregar um notebook, uma portinha USB ajuda a recarregar simultaneamente um gadget móvel. Colorido e compridinho, o Dart também evita aquela briga por espaço em uma régua de energia, e facilita identificar qual é o seu carregador, evitando desconectar o aparelho de um vizinho de tomada.

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A empresa é fundada por profissionais formados pelo MIT, que se concentram em criar tecnologias de carregamento de dispositivo que sejam eficientes, pequenas e leves. Em apenas um dia de campanha no Kickstarter, já alcançaram mais da metade do valor requerido para levar o projeto adiante. Quem quiser aproveitar a oportunidade, que é quase uma pré-venda do aparelho, pode fazê-lo através desse link – um carregador para notebooks tradicionais custa 79 dólares para entrega nos EUA (130 dólares para entregas globais, com frete já incluso), e a versão compatível com MacBooks  sai por 148 dólares (nos EUA, 199 dólares para entregas globais).

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Chegará em breve ao Kickstarter a Lix, uma caneta 3D que permite criar objetivos no ar

Desenhar no papel poderá ser coisa do passado, ao menos se depender do entusiasmo dos fundadores da Lix, uma caneta 3D que permite criar objetos e obras de arte no ar.

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No que parece uma mistura de caneta com pistola de cola quente, a Lix precisa ser plugada em uma fonte de energia (que pode ser a porta USB do seu computador) e receber filamentos de um material que se solidifique rapidamente – pode ser PLA, com base vegetal, ou plástico ABS – e então a ‘mágica’ acontece. Basta deslizar a caneta no ar, usando um papel ou estrutura como base, para começar a ‘rabiscar’ em 3D.

Grosso modo, a Lix é basicamente uma impressora 3D de traço livre, o que pode ser uma ótima ferramenta para artistas. 

A Lix tem pouco mais de 16 cm de comprimento, 1,3 cm de diâmetro e pesa cerca de 35 gramas, oferecendo uma maior facilidade de manuseio. A capacidade de transformar os rabiscos em arte parece estar fundamentada na estabilidade da mão de quem desenha – como o líquido da caneta está aquecido e rapidamente se solidifica, é necessário ter um traço consistente e preciso para criar as formas no ar.

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A previsão é de que a Lix chegue ao Kickstarter no dia 24, a um custo inicial de 140 dólares. Os filamentos de PLA ou ABS podem ser adquiridos em lojas que fornecem material para impressoras 3D – cada 10 cm do filete corresponde em média a 10 minutos de rabiscos no ar, e o custo do quilo é de cerca de 30 dólares.

Grosso modo, a Lix é basicamente uma impressora 3D de traço livre, o que pode ser uma ótima ferramenta para artistas.

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Uma impressora portátil que (praticamente) cabe no seu bolso

Impressoras são os videocassetes da nova geração. Você pode até argumentar que vivemos uma época de impressoras 3D, mas as de tinta continuam praticamente as mesmas com o passar dos anos: um caixote barulhento que vive dando pau, consome muita tinta e amassa o papel.

A empresa israelense Zuta Labs promete mudar essa cenário, e reduzir nossas velhas impressoras a um pequeno dispositivo móvel. A Mini Mobile Robotic Printer cabe na mão e se move no papel despejando tinta nos locais indicados pelo software. Tudo Wi-Fi, compatível com iOS, Android, Windows, OS X, e Linux.

Zuta Pocket Printer

Um “cartucho” de tinta pode imprimir até 1000 páginas, mas nesse caso é preciso considerar também a duração da bateria, com capacidade de até 60 páginas por carga. A velocidade é outro incômodo, já que a Mini Mobile Robotic Printer imprime pouco mais de uma página por minuto.

Para ter a impressora portátil, é preciso primeiro financiar o projeto no KickStarter, com custo de 135 dólares a unidade. Em menos de 24 horas, mais de metade do valor pedido – que é de 400 mil dólares – já foi arrecadado.

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Giraffe Friend, um wearable que te lembra de manter a postura correta

Pode confessar: com o passar do tempo, você vai ficando bem torto na sua mesa de trabalho, não é? Começa apoiando em um braço, depois no outro, e de repente você passa a coincidentemente reclamar de dor nas costas. Aposto que enquanto lê esse texto, você ainda deu uma esticadinha e colocou os ombros para trás, só para ter certeza de que está retinho 😉 Problemas de postura e ergonomia no ambiente de trabalho são um dos principais vilões de quem trabalha sentado o dia inteiro, e o Giraffe Friend surge para ajudar nessa batalha.

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Com 2,6 cm de diâmetro e 9 mm de espessura, o gadget vem com um clipe, para ser encaixado na lapela ou no colarinho da sua roupa, e vibra para alertar o usuário sobre a má postura. Um sensor de movimento é capaz de determinar quando você está mal posicionado na cadeira, e também é possível programar alertas vibratórios de tempos em tempos, para você se lembrar de checar a sua postura.

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O Giraffe Friend também se comunica via Bluetooth com um aplicativo mobile, assim consegue rastrear como foi a sua postura ao longo do dia, o que pode ajudar a entender em que ambientes e horários você é mais propenso a ficar com a coluna torta.

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Com um custo baixíssimo, por volta de 15 dólares, o Giraffe Friend é um grande sucesso no site de financiamento coletivo Demohour – já alcançou 911% do objetivo inicial, e quase todas as opções encontram-se esgotadas. Quem se interessar ainda pode tentar adquirir o seu por 159 Yuan, equivalente a 26 dólares.

Esse não é o primeiro wearable a se propor a vigiar sua postura – o LumoFit já faz o mesmo, só que o precinho é bem mais caro: cada Lumo custa 79 doletas, mais que o triplo do valor do Giraffe.

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Não se desespere com o Heartbleed – o XKCD tem um gerador de senhas fáceis de lembrar

O desespero se alastrou pela internet nos últimos dias, por conta de uma grande falha de segurança no protocolo de criptografia Open SSL. Descoberta há pouco, mas existente há anos, a falha foi apelidada de Heartbleed, e é particularmente complicada por não afetar um aplicativo especificamente, mas todos os serviços que usam esse protocolo de criptografia, como o Gmail e o Facebook.

Uma atualização de emergência já foi liberada pela OpenSSL, mas a recomendação geral dos especialistas é que as pessoas troquem suas senhas e escolham sempre combinações seguras e complexas, evitando aquelas senhas padrão do tipo ‘123456’ ou ‘password’.

Nessas horas, é sempre bom lembrar da explicativa tirinha do XKCD, que demonstra que nem sempre uma senha complexa demais e difícil de lembrar é a melhor escolha. A recomendação é que a senha ideal tenha uma mistura de dígitos, letras e símbolos, e que contenha um grande número de caracteres. Um jeito fácil de fazer isso é criar uma frase, usando palavras comuns, porém aleatórias, e que acabam sendo mais simples de serem memorizadas.

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Para ajudar nessa tarefa, o XKCD lançou o kxpasswd, um gerador de senhas randômico, que cria senhas fáceis de lembrar e seguras o suficiente para você usar nos seus serviços online. O único detalhe é que as palavras usadas são sempre em inglês, mas fica fácil de entender o método de montagem das senhas – e é sempre possível traduzir, se você achar mais fácil.

Segundo o site Heartbleed test, a maioria dos grandes sites (inclusive alguns bancos brasileiros) já corrigiram a falha do Heartbleed. No entanto, diz o ditado que o seguro morreu de velho, e o prevenido ainda está andando por aí, por isso pode valer a pena dar aquela trocada básica nas suas senhas de serviços importantes.

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Bloquinhos robóticos ‘saltam’ de um lugar para o outro, são os ‘transformers’ da construção

Já pensou poder mandar os blocos se movimentarem para construir uma determinada estrutura, fazer uma ponte ou até mesmo levantar paredes? Não é feitiçaria, é tecnologia! 🙂 Os M-Blocks, criados por cientistas do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciências da Computação, no MIT, são cubos robóticos, controlados remotamente, que possuem bordas magnéticas e um ‘volante’ interno, que gira para fazer com que as peças possam ‘voar’ e se encaixar (magneticamente)  em outras.

Esse volante, tecnicamente chamado de ‘roda de reação’ (reaction wheel) pode girar em até 20 mil RPM, e quando para de supetão, faz o bloquinho se encaixar em outro bloco mais próximo. Quanto mais rápido essa roda girar, mais o bloquinho consegue ‘pular’ para a direção correta, como no GIF acima. Se o giro for mais lento, a mudança de local é mais sutil, como na imagem abaixo.

De acordo com John Romanishin, cientista responsável pelos M-Blocks (de ‘Momentum blocks’), a intenção é desenvolver ainda mais esta tecnologia, fazendo com que cada bloco possa ter ciência do outro ao seu redor e da ‘peça’ da qual ele faz parte. Com isso, não seria impossível colocar um punhado de blocos no chão e programa-los para que se transformassem em um determinado objeto ou arquitetura.

Por dentro dos M-Blocks

Por dentro dos M-Blocks

Entre as propostas desses ‘bloquinhos transformers’ está melhorar a velocidade da construção civil. Eles poderiam ser programados para rapidamente se transformarem em uma ponte ou um abrigo, o que poderia ser muito útil em áreas devastadas por desastres naturais.

Pensando no nosso cotidiano, a mesma tecnologia poderia ser implantada na mobília das casas, e montar um móvel seria algo como desempacotar as peças e apenas aguardar que elas se ‘auto-montassem’. Praticamente um Lego automático.

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Fotografar seu prato finalmente vai fazer algum sentido

Se depender das tecnologias de reconhecimento de imagem, aquele monte de fotografias de refeições que pipocam no Instagram poderão ter uma real utilidade em breve.

A SRI, empresa responsável pela tecnologia por trás da Siri da Apple, está desenvolvendo a Ceres, uma ferramenta capaz de reconhecer os ingredientes da sua refeição e estimar a quantidade de calorias contida neles. Ou seja, além de reconhecer o que tem no seu prato, a Ceres seria capaz também de medir a quantidade de cada item, e com isso calcular quantas calorias você está ingerindo.

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Dror Oren, diretor executivo da SRI, também esclarece que informações de geolocalização poderão fazer com que esse reconhecimento seja ainda mais assertivo – se você estiver em um McDonald’s, a variedade de coisas que você pode comer ali é razoavelmente restrita, e as calorias já são estimadas pela própria rede de fast food. Restaria à Ceres diferenciar um Big Mac de um Cheddar McMelt.

A tecnologia ainda está em desenvolvimento, e a expectativa é que a Ceres possa chegar ao consumidor dentro de um ano.

Se associada à apps de rastreamento de dieta, como o Lifesum, a Ceres da SRI pode ser uma incrível ferramenta para quem quer fazer uma dieta específica, seja para perder peso ou aumentar a massa muscular.

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Uma pedalada por um mundo em miniatura, feita com 6 GoPros e um suporte customizado

Conhecida como projeção estereográfica, a técnica de transformar uma superfície esférica em uma representação plana foi recriada pelo fotógrafo alemão Jonas Ginter de um jeito bem criativo: ele colocou 6 câmeras GoPro bem juntinhas, usando um suporte customizado, criado com a ajuda de uma impressora 3D.

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O resultado da engenhoca  é uma perspectiva divertida e diferente, que mostra quase 360? de um passeio de bike e de outras atividades do dia a dia.

Nada como unir a disponibilidade da tecnologia com um bocado de criatividade. Só cuidado para não ficar tonto com o vídeo.

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Com Dash, a Amazon revoluciona as compras. De novo.

Sair de casa pra comprar algo já é algo antiquado faz tempo. Agora, porém, esqueça também esse negócio de entrar em um site e ficar pesquisando coisas.

A Amazon criou o Dash, um acessório que permite adicionar itens ao seu carrinho virtual de qualquer parte da casa. Você pode usá-lo para ler código de barras ou simplesmente falar o que deseja.

Dessa forma, Sua lista de compras fica pronta no site, e basta fechar o pedido online. A próxima vez que eu for ao supermercado, certamente vai ser ainda mais frustrante sabendo que isso existe.

O vídeo de apresentação, narrado por uma garotinha, também ganha pontos.

Amazon

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Conheça o Elo, o ursinho que toca mensagens de WhatsApp para crianças internadas

Uma parte do tratamento contra o câncer dói mais na alma que no corpo. A solidão de precisar ser mantido em isolamento, devido à baixa imunidade corporal, acaba afetando de forma ainda mais drástica as crianças.

Foi para solucionar essa dificuldade que o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, no interior de SP, criou o ursinho Elo. Cada ursinho tem um número de WhatsApp associado a ele, e pode receber mensagens de voz que são armazenadas na memória. Quando a saudade aperta, a criança precisa apenas apertar a mãozinha do Elo para ouvir familiares, amigos e professores mandando mensagens positivas e motivadoras.

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Os médicos relatam que as crianças adotaram o Elo com muita facilidade, e fizeram dele uma forma de superar o tempo em que precisam ficar no hospital e de amenizar a saudade que têm de casa e das suas rotinas.

Nessas horas que a gente entende o poder real da tecnologia: conectar pessoas. Até entrou um cisco aqui no meu olho.

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