Site de Mitt Romney, “presidente eleito”, publicado por falha técnica

No jornalismo, é comum deixar pronto obituário de gente famosa, principalmente se a personalidade em questão estiver velha, doente ou com histórico de abuso de drogas. Quando a morte acontecer (e ela invariavelmente virá), o jornalista estará preparado. Basta atualizar, dar uns retoques, e rapidamente colocar no ar.

O NY Times, aliás, transformou até em livro o seu bolão pé na cova. Obviamente já houve casos de vazamento do material antes da hora, como a Bloomberg que decretou a morte de Steve Jobs em 2008. Erraram por três anos.

Na publicidade, as previsões são menos macabras, mas também acontecem. No caso de uma final de campeonato, por exemplo, o patrocinador do time quer aproveitar a oportunidade, mas precisa deixar dois anúncios prontos: Um de comemoração, outro de consolo.

Na Copa do Mundo de 2010, os hipermercados Extra fizeram isso, mas se deram mal quando a Folha de SP veiculou o o anúncio errado no dia seguinte após a classificação para as quartas-de-final (quando aí sim, a equipe seria eliminada).

A quantidade de material de véspera que é feito nas agências é maior do que se imagina, e atinge até as eleições presidenciais nos Estados Unidos, como nesse caso apontado pelo Political Wire.

Uma falha – culpa do estagiário? – deixou no ar por alguns momentos o site de vitória do candidato derrotado Mitt Romney. A página trazia o discurso comemorativo, os planos de transição, todo o papo sobre o futuro da América nas mãos do novo governante, e até com material sobre a posse.

O site foi rapidamente tirado do ar, claro, mas não sem antes uns bons printscreens de prova. Não fique triste Romney, pelo menos no mundo encantado da internet você pode dizer que é presidente.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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JetBlue oferece passagem só de ida para quem quiser se mudar dos Estados Unidos depois das eleições

“Se o Fulano ganhar as eleições, eu juro, saio desse país!”

Aposto que você já ouviu (ou quem sabe até disse) algo parecido em todo ano eleitoral no Brasil. Se o candidato X ganhar, vai ser uma catástrofe nesse país, e nada mais resta do que fazer as malas e partir. E parece que isso não é exclusividade nossa.

Nos Estados Unidos, a JetBlue transformou esse comportamento radical em promoção, e oferece uma passagem grátis – só de ida, claro – para fora do país. O vencedor pode escolher qualquer um dos destinos internacionais servidos pela companhia aérea.

Os interessados em participar devem registrar um voto de mentirinha no site jetblueelectionprotection.com (republicado ou democrata), e também escolher um país. Se o candidato adversário ganhar as eleições, o votante concorre automaticamente.

Aqui no Brasil podia rolar uma forcinha assim de alguma companhia, já que a maioria que reclama e fala que vai sair do país, nunca o faz.

A criação é da agência Mullen.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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