R.I.P. Storm Thorgerson

18 de abril de 2013. O mundo perde um dos maiores designers de capas dos últimos tempos. Storm Thorgerson foi, ninguém mais ninguém menos, que o gênio por trás da capa de Dark Side Of The Moon e quase todas as capas do Pink Floyd.

stormdarkside copy

Fora isso, fez capas também para o Led Zeppelin, Dream Theater, Genesis, Peter Gabriel, The Mars Volta, Muse, Alan Parsons, The Cult, Cranberries, AudioSlave, Anthrax, 10cc, Catherine Wheel, Biffy Clyro, Bruce Dickinson, Disco Biscuits, Europe, David Gilmour, Richard Wright, Helloween, Megadeth, Steve Miller Band, Offspring, Pendulum, Phish, Scorpions, Pinneapple Thief, Powderfinger, Rainbow, Rival Songs, e outras bandas.

Mais do que um designer, ele era parte fundamental do processo criativo desses discos, se envolvendo com a banda muito além da capa e até atuava na direção dos videoclipes.  Ele virou peça fundamental do estúdio Hipgnosis, uma lenda inglesa da criação de capas de discos nos anos 70. David Gilmour faz uma declaração em seu site, dizendo que Storm era parte inseparável do Pink Floyd.

Veja no vídeo acima alguns depoimentos de estrelas que trabalharam com ele e relembre algumas de suas capas mais emblemáticas.

Storm, descanse em paz.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Até que o Noise-Cancelling nos separe

Fone pequeno, fone grande, daqueles de tiara, earphones, aqueles que o arco fica atrás da nuca… hoje em dia o que não falta é diversidade quando o assunto é fone-de-ouvido.

E eu acho isso super justo e necessário. Na época que a gente tinha walkman ou discman, era mais comum ouvir só um CD ou uma fita e depois desencanar, porque não era muito prático ficar trocando o disco toda hora (sem falar nos cases de CDs e fitas, que eram um trambolho a tiracolo).

Agora que temos nossa coleção inteira nos bolsos, o fone-de-ouvido virou um item de vestuário tão essencial quanto uma calça ou uma blusa. E a escolha do fone certo é um processo delicado, que merece todo o seu cuidado.

Seu fone é seu maior companheiro. É ele que te acompanha no dia-a-dia, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Onde quer que você vá.

Ao fim de um dia de trabalho, se você fizer as contas, vai ver que passou a maior parte do tempo na companhia do seu fone. Ele está lá, à sua disposição pra quando você PRECISA ouvir “aquela” música ou quando você precisa se isolar do mundo por qualquer motivo. Seu fonte te entende, ele está lá pra você.

Nada mais justo que você dedique a ele um tempo e um carinho na hora de escolhê-lo. É como adotar um bichinho de estimação. ;)

Não existe melhor ou pior. Existe aquele que combina com o seu estilo e com o seu gosto na hora de ouvir música. Tem gente que gosta de mais grave, tem gente que gosta de mais agudo, tem gente que não liga muito pra isso e prioriza o conforto, a leveza. Enfim, seja qual for a sua preferência, existe um fone certo pra você.

As marcas que eu particularmente mais gosto são Sennheiser, AKG e Sony. A Philips também tem uma linha gigante de fones bem bons e bonitos. A Audio Technica também oferece fones muito bons a preços acessíveis. E, claro, existem dezenas de marcas excelentes de fone (Dr Dre, Koss, Numark, e por aí vai).

Independente da marca, tamanho ou preço, um fone bacana é aquele que equilibra bem as frequências (grave, médio e agudo) sem estourar nenhuma. E, claro, tem que ser confortável e bonito pra você. : )

 


Se você quer dar um upgrade e trocar de fone, acho legal ter três coisas em mente:

1) um fone bom tem que conseguir reproduzir fielmente tanto um som de violino numa música clássica quanto a mais suja das guitarras de um heavy metal, sem estourar nada.

2) o acabamento do fone pode ser lindo, mas se depois de 15 minutos na sua orelha ele começar a te incomodar, não adianta. Se puder, “vista” vários fones antes de escolher o seu definitivo. Conforto é uma peça-chave na decisão de um fone que você vai usar por horas e horas.

3) Os fones Noise-Cancelling são uma opção bacana (porém cara) se você quer se isolar, literalmente, do mundo lá fora. Eles são equipados com pequenos microfones que captam o ruído externo e produzem uma frequência de resposta que compensa e isola esse ruído.

Separei abaixo alguns videos com sons bacanas para testar fone-de-ouvido. Independente de gosto musical, são exemplos que exigem bastante de um fone e que mostram se ele vai segurar a onda ou não (pena que às vezes o som do streaming não ajuda).

E, claro, quando você for testar o seu, ligue seu som preferido e veja se o coração bate mais forte. ; )

Isso é o que realmente importa.



Imagem do post:
http://www.grayflannelsuit.net/

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Unidos pelo muro

Você não precisa ser necessariamente fã de Pink Floyd para ficar maravilhado com o show The Wall, do Roger Waters (que encerra sua passagem por São Paulo hoje, no Morumbi).

O que se vê ao vivo é um espetáculo, no sentido mais literal da palavra. É um banquete para as retinas. Um muro gigantesco se estende de uma ponta a outra do palco, e vira um grande telão onde são projetadas animações e efeitos visuais de arregalar os olhos durante 2 horas de apresentação.

Claro, se você for fã de Pink Floyd (como eu), o show ganha muito mais graça dado o apego emocional que se tem com cada nota tocada em cima daquele palco. O The Wall é um dos discos mais famosos e amados da história do rock, e vê-lo ao vivo, na íntegra, é uma experiência emocionante. Parece que, finalmente, a grandiosidade do álbum ganhou uma apresentação à sua altura.

Tecnicamente falando, o show é um espetáculo da tecnologia, desde o som ultra-mega-blaster-boost-surround que cerca todo o Morumbi com uma definição cristalina até cada um dos milhares de pixels que preenchem o imponente muro de 140 metros de largura. De onde quer que você esteja, é surpreendido com estrondos arrebatadores, com imagens deslumbrantes e com a precisão irretocável de uma banda que não faz feio em reproduzir fielmente um disco que está no sangue das pessoas há mais de 30 anos.

E é aí que toda a parafernalha tecnológica se justifica. As músicas merecem todo esse esforço, elas merecem cada frame de animação de que se projeta no muro descomunal. O The Wall merece ser revivido com toda essa pompa porque isto só mostra o quanto ele ainda é atual, universal e atemporal. Seu conceito e seus questionamentos são tão pertinentes hoje quanto eram em 1979.

Roger Waters, hoje com 68 anos de idade, resgata os mesmos ideais que tinha quando jovem, e nos presenteia com uma das mais belas turnês dos últimos tempos, fechando com chave de ouro uma carreira pontuada por belíssimos e marcantes momentos para os fãs e, principalmente, para a história do rock.

Todo mundo que já sonhou em chegar perto de uma guitarra deve muito ao Pink Floyd.

Fora o próprio show, a plateia é um espetáculo à parte. No Morumbi, dia 01.04, foram mais de 60 mil pessoas cantando tudo em uníssono, deixando ainda mais bonito um momento já ímpar por natureza. Fãs de todos os tipos e idades, pais com filhos, gerações distintas. Na hora que as luzes se apagam e In The Flesh estoura nos alto-falantes e arrepia a espinha, todos são iguais. Realizando o mesmo sonho.

Mother, did it need to be so high?


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