Disney transforma globo do Epcot em um Mike Wazowski gigante

Para promover “Universidade Monstros”, novo filme da Pixar, uma projeção mapeada criou um Mike Wazowski no Epcot da Disney.

O personagem é projetado no famoso globo Spaceship Earth, e estará presente no parque durante o verão, no chamado “Monstrous Summer”. Além do vídeo acima, você pode ver aqui o momento da revelação em um evento para a imprensa.

“Universidade Monstros” estreia em 21 de junho nos EUA e no Brasil.

University Monster

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

O processo criativo do logo de “Detona Ralph”

É verdade que grande parte dos filmes e games atualmente tem logos e projetos gráficos pasteurizados, que parecem apenas uma reciclagem de tudo o que já foi feito. Porém, não podemos esquecer que outras tantas produções dão atenção especial para a criação de uma comunicação visual memorável.

A Disney é uma das empresas que se preocupa em criar um logo distinto para cada filme, assim como também faz Pixar desde que começou. “Detona Ralph”, por exemplo, conta com um material bem marcante, influenciado principalmente pela nostalgia dos games 8-bit.

O designer Michael Doret, especializado em tipografia, detalhou o processo criativo do logo do desenho injustiçado no Oscar desse ano. Nas imagens abaixo ele revela os estágios iniciais, com rascunhos à lápis que tentam capturar uma atmosfera de diversão e dos arcades dos anos 1970 e 1980.

Doret segue evoluindo e simplificando o projeto, e ao entrar na estética 8-bit com o título envolvendo o rosto do personagem principal, decidiu que o produto final não fugiria muito disso. É preciso incorporar também o logo da Disney, não antes de deixar a expressão do Ralph um pouco mais “raivosa”. Com uma sugestão de borda, o logo finalizado (imagem acima) parece um emblema contendo toda informação necessária.

É preciso destacar um detalhe: Michael Doret teve meses para criar o logo. E não horas, como exigem muitos pedidos que já devem ter aparecido pra você.

Detona Ralph
Detona Ralph

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Disney apresenta o novo Mickey Mouse

Desde que Mickey Mouse apareceu em 1928, ele passou por alguns redesigns, chegando a estrelar até série de animação 3D. Em 2013, a Disney pretende retornar às origens o personagem que tornou realidade o sonho de seu criador.

Desenhado por Paul Rudish, que trabalhou em “As Meninas Superpoderosas” e “O Laboratório de Dexter”, o novo Mickey vai protagonizar 19 inéditos curtas de animação a partir do próximo dia 28 de junho. Rudish também é diretor e produtor executivo da série, que irá estrear tanto na TV como nos canais online da Disney.

Produzido em animação 2D, a estética com movimentos exagerados dos personagens relembra a década de 1930. Já o design dos backgrounds remontam estilos utilizados em desenhos da Disney nos anos 1950 e 1960. Apesar do olhar ao passado, a nova série terá diversas inclusões contemporâneas, com cenários em Paris, Nova York e Beijing.

Já imaginando com as mudanças não devem agradar a todos, a Disney prometeu de antemão que os fãs de Mickey Mouse ficarão satisfeitos com as homenagens e reverência ao legado deixado por Walt Disney. Acima você pode assistir o primeiro curta da nova série: “Croissant de Triomphe”.

Mickey Mouse
Mickey Mouse
Mickey Mouse
Mickey Mouse

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

OMD! Disney Creates Blog for BuzzFeed-Like Lists Starring Disney Characters

OMG, it's OMD! Oh My Disney is Disney's new blog, and it aims to capitalize on all the Disney legacy it can. You know how every few months some Disney-related quiz floats by, like "Which Disney princess are you?" or "Would you like to relive beloved vestiges of your childhood?" Well, that was other people making clicks off Disney's stuff! Now, with OMD, Disney will be making the bank off important posts like "10 Paperman Gifs to Make You Believe in Destiny" and "You Know You're a '90s Disney Kid When…" It's the right bite-sized strategy for our sharable times and the perfect thing to distract us from the news that Disney has no hand-drawn features planned.

Google e Disney se unem em Find Your Way to Oz

Oz: Mágico e Poderoso chega aos cinemas brasileiros somente em 8 de março, mas já é possível ter uma ideia do que vem por aí graças ao Find Your Way To Oz. A novidade apresentada hoje pelo Google e Disney é um experimento com o Chrome desenvolvido em parceria com a UNIT9, e promete uma experiência imersiva que combina storytelling e tecnologia.

Find Your Way To Oz segue os passos do mágico Oscar Diggs em uma viagem que começa em um circo/parque de diversões do Kansas e que, após uma grande tempestade, leva os usuários à terra de Oz. É nesta jornada que estão atrações como uma cabine fotográfica que produz fotos em diferentes ângulos e uma louca aventura em um balão, para citar algumas.

O projeto combina diferentes técnicas de HTML5, como WebGL para os efeitos em 3D e transições em CSS3, getUser Media API – que permite que os usuários tornem-se personagens do circo -, e o Web Audio API, responsável por efeitos sonoros mais ricos. Segundo o Google, este experimento só foi possível por conta dos avanços dos softwares utilizados, e certamente não teria acontecido há alguns anos.ozoz2

 

 

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Super Bowl 47: Os blockbusters

Super Bowl 47

Além da disputa das marcas por atenção no Super Bowl, os estúdios de Hollywood também brigam para colocar seus blockbusters nos holofotes.

Com isso, grandes filmes da primavera/verão nos Estados Unidos são anunciados em versões de 30 ou 60 segundos. Não chegam a ser trailers, mas revelam boas cenas inéditas e dá o tom da campanha de marketing que cada filme seguirá nos próximos meses.

Além do “The Lone Ranger” da Disney (acima), outras grandes produções foram promovidas no intervalo do evento.

Blockbusters

World War Z

Star Trek Into The Darkness

Oz: The Great and Powerful

Iron Man 3

Fast & Furious 6 (outro?!)

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Paperman

A Disney publicou na internet o seu curta-metragem de animação que concorre ao Oscar esse ano. “Paperman” utiliza uma técnica que mistura computação gráfica com ilustrações feitas à mão.

Em preto e branco, a animação acompanha um jovem de New York City em busca da garota dos seus sonhos. “Paperman” foi dirigido pelo novato John Kahrs, com colaboração da equipe de inovação da Walt Disney Animation Studios.

Paperman
Paperman
Paperman

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Disney – Paperman Short Film

Coup de coeur pour le nouveau court-métrage d’animation de Disney. Nommé à l’Oscar du meilleur court-métrage, cette vidéo ‘Paperman’ nous propose de suivre l’histoire entre un homme et une femme réalisée par John Kahrs. Une magnifique création en noir et blanc à découvrir dans son intégralité.

Paperman8
Paperman7
Paperman6
Paperman5
Paperman4
Paperman3
Paperman1
Paperman9

Antes dos monstros, um guarda-chuva apaixonado

Outro dia mostramos aqui no B9 a bela jogada da Pixar ao inserir um comercial de Universidade Monstros no intervalo do Rose Bowl. O filme só chega em junho, mas já tem muita gente contando os dias. Agora, temos mais um motivo para torcer para o tempo passar rápido, que atende pelo nome Blue Umbrella. O curta de animação dirigido por  Saschka Unseld terá 6 minutos de duração, e contará a história de dois guarda-chuvas, um azul e um vermelho, que se apaixonam após um inesperado encontro.

Unseld disse ao The Wall Street Journal que o curta levou cerca de 1 ano e meio para ser concluído, já que ele queria que a animação lembrasse os antigos filmes 2D da Disney. Para encontrar a aparência certa das expressões faciais dos personagens, foram necessárias inúmeras tentativas, até a equipe concluir que emotions estilizados seriam o melhor caminho.

Vale lembrar que alguns curtas da Pixar costumam fazer tanto sucesso quanto os filmes que precedem, com foi o caso do belíssimo La Luna, exibido antes de Valente.

blue

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Universidade Monstros é apresentada durante o Rose Bowl

Universidade Monstros (ou Monsters University), a sequência de Monstros S/A só chega aos cinemas em junho. A Disney/Pixar, entretanto, teve uma ótima sacada durante a transmissão do Rose Bowl, centenário jogo de futebol americano universitário que acontece sempre no dia 1 de janeiro: divulgar a nova animação como se fosse uma propaganda de uma universidade comum, para só depois revelar seus estudantes incomuns.

Os espectadores são convidados a conhecer a variedade de cursos e criaturas que fazem da Universidade Monstros o melhor destino para quem busca a excelência acadêmica.

Outra grande sacada está no site de divulgação da animação, todo construído como se fosse realmente um site de uma universidade. Dá até vontade de estudar lá…

m1

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement

Oz: Mágico e Poderoso [Trailer]

A Disney revelou hoje um novo trailer de “Oz: Mágico e Poderoso”, o prelúdio do clássico “Mágico de Oz”.

Dirigido por Sam Raimi (Trilogia “Homem-Aranha”), o filme narra a história de Oscar Diggs, um mágico de caráter duvidoso que é desacreditado por três bruxas na cidade de Oz: Theodora, Evanora e Glinda.

“Oz: Mágico e Poderoso” estreia em 8 de março de 2013, e tem James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams e Rachel Weisz no elenco.

Cheio de efeitos e estética quase Tim Burton. Confio no Raimi, mas eu tenho medo é dos roteiristas: David Lindsay-Abaire (“Robôs”) e Mitchell Kapner (“Meu Vizinho Mafioso”, “Romeu Deve Morrer”).

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Braincast 40 – Disney e Star Wars: O novo império das indústrias criativas

Com a compra da Lucasfilm por 4 bilhões de dólares, a Disney parece inabalável como um emblema da cultura mainstream globalizada. As franquias sempre foram fundamentais para a casa do Mickey Mouse, que agora vai poder inserir a maior saga dos cinemas em sua invariável lógica de parques temáticos, teatro, desfiles, produtos de toda sorte, livros, televisão, videogames, shows em navios de cruzeiro, e tudo o mais onde a diversão em família possa estar.

No Braincast 40, discutimos o futuro da franquia de George Lucas, o modelo de negócio com o novo cenário de merchandising que se cria, a estratégia de verticalização de conteúdo, e a divisão entre os otimistas e pessimistas em relação aos novos filmes nas mãos da Disney. Carlos Merigo, Saulo Mileti, Cris Dias e Vince Vader se perguntam ainda: Seremos nós o público-alvo da nova geração de Star Wars?

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h01m10 Comentando os Comentários
> 0h43m00 Qual é a boa?

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.

Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Agora que “Star Wars” é da Disney, o que Darth Vader vai fazer?

Agora que a Disney é dona da franquia “Star Wars” – adquirida a preço de banana com a compra da Lucasfilm – a empresa reciclou um antigo vídeo que usava pra divulgar a “Star Tours” para comemorar o negócio.

Darth Vader e seus Stormtroopers passeiam pela Disneyland, curtindo as atrações, bebendo um refrigerante, e até tirando a espada do Rei Arthur da pedra.

Dizem os maldosos, que tudo isso já é uma prévia do novo “Star Wars: Episódio VII”, prometido para 2015.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Disney anuncia compra da Lucasfilm e promete novo “Star Wars” em 2015

Como nosso foco é no produto final, não temos costume de noticiar fatos corporativos como “fulano comprou ciclano”, mas essa merece, principalmente pelo grande impacto que terá nas indústrias criativas em diversas instâncias.

A Disney acabou de anunciar que fechou acordo de compra da Lucasfilm, por mais de 4 bilhões de dólares. A jóia da transação? A franquia “Star Wars”, é claro, com o próprio release oficial citando o lançamento de um novo filme da série em 2015.

Até onde sei, o mercado não esperava por esse negócio, mas a decisão se encaixa perfeitamente com a estratégia multi-cultural da Disney, centrada no cross-over depois da revolução implantada na empresa por Michael Eisner nos anos 1990.

As franquias são fundamentais para a casa do Mickey Mouse, que transforma filmes em uma lógica invariável que os leva para parques temáticos, teatro, desfiles, produtos de toda sorte, livros, televisão, videogames, shows em navios de cruzeiro, e tudo o mais onde a diversão em família possa estar.

Disney quer produzir um novo filme “Star Wars” a cada 2 ou 3 anos.

Quem já reclamava da forma como George Lucas espremia seus produtos, licenciando a sua maior criação praticamente sem critérios, agora vai ter que lidar com a fome da Disney em aproveitar o universo “Star Wars” em todas a suas áreas de atuação. Eisner implantou a integração vertical da empresa, onde suas filiais e produtos culturais respondem diretamente para a marca-mãe. Ele saiu, pressionado por criativos, mas seu legado e filosofia continuam.

Dona da Pixar (comprada por 7.4 bilhões em 2005), da Marvel (comprada por 4 bilhões em 2009), da ESPN, do canal ABC, da Touchstone, da Miramax, de mais de 900 filmes em catálogo, 140 Oscars, e agora da Lucasfilm, o império da Disney parece imbátivel como uma das maiores multinacionais do entretenimento.

“Esta transação combina um portfolio mundial que inclui Star Wars, uma das maiores famílias de franquias de entretenimento de todos os tempos, e a criatividade única e sem paralelos da Disney através de múltiplas plataformas, negócios e mercados para gerar crescimento sustentável e trazer significativo valor a longo prazo”

Palavras acima de Robert A. Iger, CEO da Disney, publicadas no release. Aliás, para quem se interessar pela história cheia de intrigas da empresa, e principalmente pela atuação de Michael Eisner, recomendo o livro “Disney War”, de James B. Stewart.

Já George Lucas, declarou que é hora de passar “Star Wars” para as mãos de uma nova geração de cineastas. Muitos fãs não irão aprovar a notícia, mas outros tantos devem estar se sentindo aliviados.

[Atualização] No vídeo abaixo, George Lucas fala sobre sua aposentadoria, que entra agora em uma nova fase da vida que não envolve o mercado cinematográfico, e o futuro da franquia “Star Wars”.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Disney propõe novo conceito para as “princesas”

Se você já leu alguns contos de fadas, sabe que aquelas princesas da fantasia, que sempre precisavam ser salvas, não se encaixam na realidade feminina atual. Hoje, cada vez mais vemos personagens femininas fortes, determinadas e capazes de salvarem a si mesmas. Então, como seriam as princesas contemporâneas?

A Disney pensou nisso e respondeu com I am a Princess, um vídeo que celebra a princesa que existe em toda menina, construindo novos significados para a palavra e incentivando as meninas a conquistarem seus objetivos. Bravura, confiança, lealdade, generosidade, gentileza, compaixão e a capacidade de defender a si mesma e os outros estão entre as palavras por trás deste novo conceito.

Lendo os comentários no YouTube, deu para perceber que as pessoas ficaram divididas com o vídeo. Algumas, acham que a Disney poderia fazer mais do que vídeos e tentar aplicar na prática o discurso. Outros, acham que a marca está no caminho certo e este é apenas o começo. E você, o que pensa?

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


John Carter: Narrativa clássica e meio bilhão de dólares para fantasiar em Marte

O homem pós-vitoriano é um sujeito interessantíssimo. Embora absurdamente distante da tecnologia moderna, havia um senso intrínseco de aventura e a necessidade pela exploração. Também pudera, o mundo era menor, as comunicações ocorriam de forma lenta e apenas entre grupos seletos e tudo levava mais tempo. Naquele tempo, sonhar era mais que simples exercício mental e demonstrava certa fé na potencialidade humana, sempre representada por pioneiros genais como o Viajante do Tempo, na “Máquina do Tempo”, de H.G. Wells e o guerreiro John Carter, de “A Princesa de Marte”, de Edgar Rice Burroughs.

A Disney não brincou em serviço e simplesmente entregou uma das melhores direções de arte da história da ficção científica

Com a relativa baixa circulação de conceitos, muito a ser descoberto e sem ninguém por perto para ficar comparando tudo que era escrito no resto do mundo, os autores da virada do século 19, assim como seus personagens, extrapolavam os limites de seu tempo e, sem querer querendo, definiram não apenas o gênero da ficção científica, mas tudo que entendemos por grande jornadas, heróis intergalácticos e até mesmo os menos em relação ao futuro do planeta.

Nascido em folhetim e consagrado como romance, “A Princesa de Marte” reúne um pouco de tudo isso e garante um ótimo exercício de perspectiva social tanto no livro de Burroughs quanto na adaptação zilhardária “John Carter: Entre Dois Mundos”, dirigida por Andrew Stanton (estreando em live-action depois de entrar para a história com “Wall-E” da Pixar), a maior aposta da Walt Disney nesse ano – basicamente, o estúdio gastou meio bilhão de dólares!

Alegoria clara à Guerra Civil norte-americana e socialmente relevante para permanecer relevante até hoje, a história mostra que nossos desejos não mudaram tanto nos últimos dois séculos. O formato pode ter sofrido alterações, afinal, os super-heróis são figuras culturalmente fundamentais há pelo menos 50 anos e sua multiplicidade garante a cobertura e análise em foco de praticamente todas as variáveis relevantes ao tema, mas o cerne não muda: queremos acordar de um sonho e nos descobrirmos donos de algum poder especial; queremos ser especiais e nos destacar.

Andrew Stanton no set de John Carter

Obviamente, todas as histórias seriam as mesmas se esse fosse o único argumento, afinal, assim como seus criadores, as narrativas tem que encontrar seu diferencial. Aí entra a humanidade do protagonista, suas falhas, seus desafios, seus fantasmas. Isso também não mudou. O homem do século 19 sofria da mesma forma que o sujeito tecnológico atual. Por definição, John Carter é uma alma perdida no tempo e, ao fim de sua história, também no espaço. Ele é praticamente um ronin em busca de um novo senhor, um valente descrente. Toda a saga épica desenvolvida por Burroughs vai desvendando essa busca pela identidade depois de um insuperável trauma pessoal e, claro, isso vai envolver paixão, luta, superação e perigo por todos os lados.

Por mais clássica que a narrativa seja, há uma lição a ser aprendida com “John Carter”.

Você já viu essa história, certo? Com certeza! “A Princesa de Marte” é uma das estruturas narrativas mais seminais da literatura e, em especial, da ficção científica e que, anos depois, foi assimilada por completo pelas HQs. Manter boa parte do ritmo e do encadeamento original foi uma das decisões mais arriscadas de Andrew Stanton, pois “John Carter” vai parecer com absolutamente tudo que fez sucesso nos últimos 30 anos nesse gênero. Ou quase tudo, já que “O Senhor dos Anéis” escapa um pouco. “Guerra nas Estrelas” leva na cara e “Avatar”, então, nem se fala.

O importante é entender que, nesse caso, tais semelhanças não são demérito. Algumas histórias precisam ser recontadas por sua natureza formativa, o que acontece é estarmos vendo a original depois de tantas outras por ela “inspiradas”. Do mesmo modo que a propaganda, a moda e a música se renovam, reinventam ou revolucionam, o cinema precisa fazer o mesmo; é utopia demais ficar achando que o primeiro “Guerra nas Estrelas” vai causar o mesmo efeito na garotada de hoje assim como fez em 77, e por aí vai.

Set de John Carter montado no deserto de Utah, EUA

Tecnologia faz diferença, infelizmente. E é aí que “John Carter” merece uma rasgação de seda meio forte, mas merecida. Misturar história épica, com tudo grandioso e, bem, uma porrada de efeitos especiais, tela verde, alienígenas, naves e aquele pacote todo típico do gênero pode terminar em lambança, assim como provado por George Lucas nos novos “Star Wars”.

A Disney não brincou em serviço e simplesmente entregou uma das melhores direções de arte da história da ficção científica, ficando pau a pau com “Avatar” em termos visuais. Nunca foi tão fácil acreditar num ambiente alienígena como nesse filme e digo isso com sinceridade. Foi uma das melhores surpresas, pois, por saber a história e não parar de ver similaridades com filmes recentes, qualquer escorregada me faria perder o interesse e aconteceu o oposto.

Aproveitando o ambiente criado por Burroughs, que optou por não encher seu protagonista com cacarecos tecnológicos cafonas e transformou Marte, ou Barsoom, num planeta habitável, a equipe pode criar à vontade e inserir Carter em situações e locais plenamente plausíveis dentro de sua proposta. Essa é uma característica bastante interessante sobre a visão do espaço e do futuro de escritores como Wells, Burroughs ou Arthur Conan Doyle.

As “semelhanças” entre os mundos e suas dinâmicas permitiam que seus personagens não precisassem transformar seu modo de agir ou pensar, podendo apenas se adaptar e, baseados em suas descobertas, atingirem o potencial do qual eram privados na Terra ou em sua sociedade de origem. Sherlock Holmes era ótimo nisso, aliás; destacando-se dos demais policiais com seus “poderes” intelectuais e um desejo insaciável por aventura e descoberta. ?

Seguindo um pouco a estrutura proposta por Joseph Campbell, Carter é o herói relutante, mas, diferente de Luke Skywalker ou Neo, um sujeito maduro e pronto para cair na porrada. Ele passa pelo encontro que vai lhe arremessar em sua jornada, na qual precisará passar pelo submundo, enfrentar seus demônios e sair de lá renovado e decidido a lutar pela nova causa. De modo prático, estar em Marte permite que ele faça a diferença. O sujeito comum deixa de existir, o herói se define e ele é recebido como igual pelo novo grupo.

Normalmente, trata-se de um gigantesco rito de passagem, mas no caso de Carter ele atravessa uma purificação motivado pela necessidade de liberar seu ódio e aliviar sua consciência. Isso faz dele alguém altamente próximo e passível de compaixão, especialmente para o público adulto. Para os mais jovens, sobram batalhas e, claro, o agrado universal: o cachorro, ou melhor, um equivalente marciano de cachorro, Woola, um sidekick fantástico e bom de briga!

Por mais clássica que a narrativa seja, há uma lição a ser aprendida com “John Carter”. Houve um tempo em que era importante imaginar o que encontraríamos lá fora, na infinidade do espaço, e como faríamos de tudo para encontrarmos nosso lugar, em vez de se concentrar apenas nas mazelas e problemas inerentes ao ser humano.

Burroughs propõe alternativas à guerra, modos de exorcizar a tristeza, valoriza a força de vontade e vislumbrou um futuro no qual o livre arbítrio fosse, de fato, algo valioso. Ao longo dos anos, mesclar todos esses conceitos transformou-se em clichê de história infantil ou autor iniciante, porém, existe uma razão para que essa jornada seja contada e recontada tantas vezes, de tantas formas, em tantas línguas: precisamos, e sempre precisaremos, dela.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Icons in Real Life

Le français Benjamin Béchet nous propose cette série de photographies illustrant des idoles pour enfants dans des situations ne collant pas avec leur image. Cette série veut susciter une réflexion sur la stigmatisation de l’autre, rappelant qu’une personne n’est jamais ce que nous en voyons.



icons-in-real-life11

icons-in-real-life12

icons-in-real-life10

icons-in-real-life91

icons-in-real-life8

icons-in-real-life7

icons-in-real-life6

icons-in-real-life5

icons-in-real-life4













Previously on Fubiz

Copyright Fubiz™ – Suivez nous sur Twitter et Facebook

Groovin’ With Ken!

Ken Toy Story 3

A Pixar publicou em seu canal no YouTube mais um “viralzinho” para promover “Toy Story 3″ (lembra do comercial vintage do urso?).

É como se fosse uma entrevista com um dos novos personagens da animação, Ken, que encara perguntas do tipo: “como você se sente sendo um cara que é um brinquedo de menina?”

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Contato | Anuncie


ARG de “Tron Legacy” revela novo trailer do filme

Tron Legacy ARG New Trailer

O vídeo abaixo mostra a participação de diversas pessoas na busca das pistas do ARG para o filme “Tron Legacy”, que comentamos aqui há cerca de duas semanas.

A ação aconteceu em 25 cidades pelo mundo, onde as dicas online levavam a um agente nas ruas com a camiseta “Flynn Lives”, entregando códigos que completaram as imagens do site Zero Hour. Esse processo de investigação pelos fãs levou 9 horas e 25 minutos.

Mas isso era só parte do mistério, já que esse mesmo vídeo contem mais códigos no canto superior direito. Colocando todos os números em sequência, uma nova (e bizarra) URL foi revelada: http://5xrp2tk0p10ixnl7ga4e82an3s.net. Era um complicado quebra-cabeça, pelo menos foi o que os produtores imaginaram, mas levou apenas 20 minutos para que os usuários do fórum Unfiction decodificassem a mensagem.

Tudo resolvido, e mais um novo endereço: program-glitch-esc.net. Dessa vez, nada de mais um mistério, e sim o novo (e incrível) trailer do filme em glorioso HD para download.

O intrincado caminho garante uma simples, mas poderosa, situação: os fãs e interessados de verdade é que viram o trailer primeiro. Obviamente, poucas horas depois foi parar no YouTube, publicado inclusive oficialmente pela Disney. Mas ainda assim, o que importa é a recompensa para quem se dedicou.

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Contato | Anuncie


ARG de “Tron Legacy” continua em 25 cidades. Nada pro Brasil.

Tron Flynn Lives

Terminou hoje a contagem regressiva no site viral do filme “Tron Legacy”, o que marcou o início de uma nova fase do ARG que começou na Comic-Con no ano passado. Intitulada “Zero Hour”, essa etapa traz 66 caixas de código e uma relação de 25 cidades.

Para cada código inserido, uma imagem do filme original é liberada. Ninguém ainda faz ideia qual é o significado, além do objetivo final que é encontrar Kevin Flynn, mas essas senhas estão sendo reveladas através de missões no mundo real.

Ao clicar em uma cidade, abre-se um endereço com uma tarefa misteriosa, geralmente relacionada a encontrar alguém com uma camiseta “Flynn Lives” e dizer uma palavra-chave para receber a senha em troca.

O Brasil não entrou na brincadeira. Fora metrópoles norte-americanas, apenas Londres, Madrid, Paris, Sydney e Toronto estão na lista.

Tron Flynn Lives

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Contato | Anuncie